segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A intertextualidade, diálogo entre textos (TP 1 - Unidade 4)










Com o objetivo de identificar traços da intertextualidade em nossas interações cotidianas, propus aos alunos da 6ª série (7º ano) a atividade da página 136 do TP em questão.

Pedi que observassem a fala dos “mais velhos” da família, ou até da comunidade. Pautados nessa orientação, eles deveriam anotar os ditados ou frases que procuram dar algum tipo de ensinamento. Se não soubessem o significado de alguma palavra deveriam pedir explicações a quem a pronunciou.

Com isso, eles trouxeram o registro dessas falas e analisaram juntamente à turma. Discutimos o significado de alguns, já velhos conhecidos, que tipo de ensinamento propõem, quais nos pareciam atuais ou não e o porquê.

Também foi possível reunir os ditados ou frases que tinham a mesma intenção comunicativa. Confesso que alguns deles eu nunca tinha ouvido falar. Eles acharam a atividade prazerosa e bem fácil, visto que não demandava muito trabalho. Apesar disso, nem todos conseguiram atribuir um significado para seus registros.

Podemos concluir que esses ditados (diálogos) manifestam alguma mensagem de forma “indireta”, ou seja, utilizando um outro texto como suporte. Isso acontece porque a cultura está sempre relacionada às experiências humanas.

Eis alguns registros:

· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

· Apressado come cru

· Quem cospe pra cima cai na cara

· Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra

· Cão que ladra não morde

· A cobra vai fumar / Tu vai dar com os burros n’água / O bicho vai pegar

· Onde há fumaça, há fogo

· Casa de ferreiro, espeto de pau / Santo de casa não faz milagre

· Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher

· Galinha de casa não se corre atrás

· Cavalo dado não se olha os dentes / Coisa dada não se olha a idade

· Não cutuque a onça com vara curta

· Quem tem rabo de palha não senta na beira do fogo

· Pobre quando bota a mão no bolso só tira 5 dedos

· Laranja madura na beira da estrada ou tá azeda ou tá bichada

· Rapadura é doce, mas não é mole não

· O que os olhos não veem o coração não sente

· Eu não vou a sua casa pra você não vir na minha, pois você tem boca grande pra comer minha farinha

· Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto

· Quem espera sempre alcança

· Sua batata está assando

· Dois bicudos não se beijam

· De grão em grão a galinha enche o papo

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