segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Projeto Interdisciplinar (Chá Literário)

1)Temática


Evidenciamos que, no trabalho com a linguagem, se privilegia o uso da Língua como atividade social e comunicativa em que os interlocutores atuam em um espaço cultural e histórico.

A nossa proposta parte do pressuposto de que a significação se produz na cultura. Por isso, o trabalho com textos clássicos e consagrados pode se misturar ou até mesmo produzir novos textos de autores regionais, expressando as formas da cultura popular etc.

A produção do Chá Literário sobre o Rio Macacu torna-se uma ótima oportunidade de trabalhar uma realidade de sala de aula devido a sua importância para a região e para os todos da Escola Municipal Funchal, visto que a mesma se localiza numa área rural, próximo ao maior e principal afluente do Rio Macacu: O Rio Guapiaçu.

O Rio Macacu é responsável pelo abastecimento dos habitantes dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, além de ser utilizado para irrigação e piscicultura.

Embora seja universal, coletiva, a arte provoca sensações particulares, individuais, pois são através de poesias, peças teatrais, músicas e danças que encontramos a função de proporcionar prazer e emoção. O Chá Literário é um momento que a escola traz a arte mais para perto do aluno.

Qualquer que seja a sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo. Nossa intenção, é aproximar-se de forma mais consciente da arte, e nesse caso, encontramos uma ótima ferramenta de trabalho com o TP 2, unidade 7: A arte, formas e função, elaborado por Maria Antonieta Antunes Cunha, Doutora em Letras, Professora da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).


2)Problemática


A complexidade cada vez maior de nossa sociedade exige que o trabalho do profissional da educação se embase em uma visão ampla e crítica dos fenômenos da vida moderna. O fenômeno atual e regional é a poluição do Rio Macacu.

Com isso, a situação-problema a ser focada durante esse projeto seria a conscientização de toda a comunidade escolar em prol da despoluição e preservação do nosso “bem maior”: a ÁGUA, buscando a expressão artística através da produção escrita, oral, corporal e social etc.

Ao pôr em prática esse projeto acreditamos que o mesmo possa contribuir na formação do cidadão, pois através da arte o aluno desenvolve habilidades como a leitura, disciplina, responsabilidade, afetividade entre outros.


3)Fundamentação Teórica


As leituras sugeridas e a bibliografia do TP 2, unidade 7 são a base para a realização desse projeto. Citamos aqui:

MARTINS, M.C. Didática do ensino de arte-A língua do mundo - Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

Esta obra, muito bem ilustrada, apresenta formas de explorar cada segmento da arte com crianças, além de fazer uma bela reflexão sobre a arte. Tem uma excelente bibliografia para cada capítulo.

PLATÃO et FIORIN. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1998.

Apesar de privilegiar o texto literário, o livro acima apresenta boas relações entre as artes e tem a costumeira linguagem acessível de outros trabalhos.

BARBOSA, A.M. Arte-Educação:conflitos/acertos. São Paulo: Ateliê, 1997.

BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1986.

COLL, C & TEBEROSKY, A. Aprendendo arte. São Paulo: Ática, 2000.

DUARTE JR.J.F. Fundamentos estéticos da arte. Campinas: Papirus, 1988.

ECO. U. Obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976.

______. A definição da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1986.


4)Objetivos


O desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes textos. Este processo visa à inserção dos alunos na sociedade na qual vivem, como cidadãos conscientes, capazes não só de analisar as várias situações vividas, mas também de se expressar criticamente em relação a elas.

Com isso, visamos a percepção do aluno para diversas formas artísticas (poemas, personagens da literatura, obras de arte, músicas, quadrinhos, etc.), bem como o exercício da prática de leitura.

Temos como objetivos específicos identificar a arte na vida cotidiana, procurando mostrar como a arte, ou algumas formas de arte estão mais próximas de sua vida do que talvez você pense. Bem como as formas e características da arte, que procuram mostrar formas de divisão das artes e as funções da arte, que tratam de pensar o papel da arte no mundo de hoje.


5)Metodologia


Toda a discussão sobre a Língua Portuguesa não se faz por intermédio do texto, mas no texto. Para isso, vamos apreciar a cultura letrada estabelecendo uma relação com as demais linguagens e manifestações culturais.

Essa postura privilegia o trabalho de forma coletiva e interdisciplinar, incentivando a utilização de diversos materiais indicados no Gestar II e disponibilizados pela escola.

Para os alunos de 8ª série podemos passar os filmes O carteiro e o poeta, de Antonio Skármeta, visto que o mesmo trata de maneira magistral o papel que a arte tem na vida das pessoas, inclusive a mudança dos nossos motivos para nos aproximar da arte, ao longo de nossa vida; A rosa púrpura do Cairo, de Woody Allen, que trabalha as funções da arte explorando numa trama de humor questões importantes como a relação fantasia/realidade; e Abril despedaçado, de Walter Salles, que trabalha muito bem a arte por meio de uma personagem infantil.

Após as sessões propomos um debate e uma reflexão de como a arte é inerente ao ser humano e não nos damos conta disso. Cada aluno poderá levar para a sala de aula uma forma de arte que tenha em casa: imagens em cerâmica para representar a escultura, um projeto “planta” de casa para a arquitetura, uma música, um quadro ou tela, uma dança da moda, um conto ou livro interessante, uma fotografia e até mesmo um bom filme.

É importante que o educador familiarize os alunos à arte local, levando-os à construções importantes da região, shows com músicos da cidade, exposições ou movimentos artísticos que possam proporcionar um contato com os autores dessa arte. Uma boa fonte para obter essas informações é a Internet através das páginas http://artemacacu.blogspot.com/ e http://www.aviva2009.blogspot.com/.

Os livros que ensinam a arte criados para crianças também contribuem para um laboratório perfeito de descoberta sobre os gostos e análises artísticas. A atividade do avançando na prática da página 83 figura bem esse contato com a arte.

Uma boa opção para trabalhar a arte e a fantasia é a atividade das páginas 87 e 88, onde através da música de Chico Buarque podemos fazer uma ponte entre a história real e o recurso utilizado para a expressão da mesma, ou seja, a arte como interpretação da realidade. Para encerrar este tópico propomos uma pesquisa sobre o período militar e a obra de outros autores, como Gonzaguinha, Geraldo Vandré etc.

Explorar a arte e conotação assim como a paixão pela forma utilizando poemas e pinturas também faz parte da nossa metodologia, visto que esses tópicos fazem parte das características principais da arte.

A Hora da Leitura é uma boa opção a ser seguida por qualquer série, basta ter em mãos obras literárias interessantes e fazer a leitura junto aos seus alunos, em forma de novela (um capítulo a cada dia), com direito a retrospectiva/reprise das últimas “cenas” e tudo o mais. Essa atividade deixará clara a importância do educador dispensada a arte, além de ser um modo de motivar os alunos para a leitura.

Os cadernos de Atividades de Apoio à Aprendizagem (AAA’s) também contribuem para uma prática pedagógica motivadora de melhores resultados. No caso da unidade 7 as atividades abordam uma interdisciplinaridade com as Artes, especialmente música e pintura (reprodução / recriação de obras de arte), e com Educação Física, com relação aos movimentos corporais (produção de sons imitativos, coreografia, dramatização de textos teatrais etc.).

A ideia que dá suporte a essa postura é a de que a arte é uma forma de conhecimento relacionada ao cotidiano, sendo um convite à (re)interpretação do mundo.


6)Cronograma


As atividades devem ser planejadas estabelecendo-se relações entre conteúdos e conhecimentos pretendidos, de forma a proporcionar ao aluno, progressivamente, a autonomia e o conhecimento de novas e diferentes formas de produção de significados bem como suas estratégias.

Acreditamos que este projeto deva ser colocado em prática logo no início do ano letivo para que se possa construir aos poucos e de forma organizada o Chá Literário da Escola Municipal Funchal. Podemos fazer as sessões de cinema e as exposições da “Arte em minha casa” no 1º bimestre. No 2º bimestre pode-se privilegiar a arte local através da atuação em todas as atividades artísticas do município. Os livros de ensino de arte e a música podem estar mais presentes no 3º bimestre. Já a Hora da Leitura deve ser um exercício diário.

Ainda temos oito (8) aulas preparadas cuidadosamente para esse fim, e que podem ser divididas em duas (2) para cada bimestre:

Aula 1 – Manifestações Artísticas

Aula 2 – Composição usando sons

Aula 3 – Criando uma coreografia

Aula 4 – Teatro: O cavalinho azul

Aula 5 – Dramatizando o texto teatral

Aula 6 - Leitura de quadro de Magritte

Aula 7 – Criando o poema

Aula 8 – Recriação de quadro de Portinari

A culminância pode se dar no 4º bimestre (mês de novembro).


7)Equipe de trabalho


Neste processo, pretende-se salientar as situações de aprendizado que focalizem a discussão, a participação e a troca entre colegas, propondo atividades com momentos de aprendizado individual e coletivo.

Para a realização desse projeto contamos com a participação dos educadores das áreas de Biologia que faria uma visita com os alunos ao Rio Macacu para a identificação dos agentes causadores da poluição do mesmo. De Educação Física, que prepararia uma dança temática junto aos alunos. Já o educador de Geografia poderá desenvolver um mapeamento da área do Rio Macacu. A de Artes poderia fazer um trabalho de desenho e pintura sobre as expectativas dos alunos para o futuro, até mesmo um retrato do “antes/depois”. A de Ensino Religioso pode trabalhar uma música que leve a reflexão da atual situação, importância e da recuperação do Rio Macacu.


8)Avaliação


Processual, durante o projeto o professor avaliará o desempenho do aluno, fazendo “ajustes” sempre que necessário. Os alunos podem fazer um diagnóstico no início e outro no fim sobre as expectativas e objetivos a serem alcançados, bem como a realização ou não dos mesmos.

A culminância do projeto também será de grande valia para a comunidade escolar, um dia no qual apresentaremos todos os trabalhos desenvolvidos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Epígrafe

“Tanto quanto a própria educação, o letramento é um processo contínuo de crescimento, envolvendo TODOS em um projeto educacional”.

(Gestar II)

A arte: formas e função (TP 2 – Unidade 7)


A arte está no nosso cotidiano. Com base nisso, proponho sempre aos meus alunos atividades de leitura, pois por intermédio da fantasia e do jogo, a arte é um convite à (re) interpretação do mundo. Por meio dela podemos reconhecer vozes que têm semelhança com a nossa, descobrir significados e desenvolver qualidades fundamentais para a construção de um cidadão.

Com o 7º ano da Escola Municipal Funchal não seria diferente. Levei alguns títulos para a sala de aula e deixei-os livres para a escolha do livro a ser lido, pois queria que encarassem isso como uma atividade prazerosa. Dentre as opções havia contos, peças de teatro, romances etc.

Disponibilizei um bom tempo para a leitura em casa, inclusive durante as férias de julho. Mas não era uma mera leitura, tinha um objetivo maior, na realidade encarei isso como um desafio. O que eu queria mesmo era propor uma resenha crítica, na qual eles avaliassem a obra que leram. Então, fiz uma adaptação do modelo de resenha acadêmica em forma de questões a serem respondidas sobre a obra lida.

Eis algumas questões:

1) Identificação da obra (autor, ano de publicação, etc.)

2) Apresentação (descrevendo em poucas linhas o assunto da obra)

3) Estrutura (quantidade de capítulos, presença do narrador, número de páginas do texto completo)

4) Conteúdo (resumo da obra)

5) Crítica (opinião própria)

6) Contribuição lexical (palavras que aprenderam com a leitura)

7) Recomendação da obra (propus uma espécie de “propaganda” dizendo de fato a qual público a obra se dirige, baseando-se na idade, perfil social etc.)

O trabalho que se destacou foi o da aluna Maiane, visto que foi a única que seguiu a risca os passos para a elaboração da resenha e ainda a fez como um texto, enquanto a maioria se limitou a reproduzir as questões e respondê-las, como num questionário.



“A Conspiração” é um livro da autora Majori Claro, que foi publicado no ano de 2004, e que tem como assunto a história de uma menina chamada Nina, que foi criada pelo pai, pois perdeu sua mãe após o seu nascimento. Ela tinha uma cachorrinha de rara inteligência e que possuía poderes telepáticos, com a missão de ser sua fada guardiã e protegê-la de todos os perigos. Em seguida, o pai perde o emprego e os três se mudam para a casa das tias, no interior. Para piorar a situação, seu primo Pedro desconfia que a própria mãe e as tias são bruxas e estão envolvidas numa estranha conspiração contra Nina e seu pai.

O livro é dividido em 15 capítulos, possui narrador e tem ao todo 88 páginas. Achei “A Conspiração” um livro muito interessante, nunca tinha lido algo assim. “A Conspiração” despertou minha curiosidade de um jeito inexplicável. A gente começa a ler e não quer mais parar. Através desse livro conheci novas palavras, como “abrupto” e “aturdido”.

“A Conspiração” é um livro voltado para o público infanto-juvenil. Experimente, leia-o e veja o poder que as palavras têm.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A intertextualidade, diálogo entre textos (TP 1 - Unidade 4)










Com o objetivo de identificar traços da intertextualidade em nossas interações cotidianas, propus aos alunos da 6ª série (7º ano) a atividade da página 136 do TP em questão.

Pedi que observassem a fala dos “mais velhos” da família, ou até da comunidade. Pautados nessa orientação, eles deveriam anotar os ditados ou frases que procuram dar algum tipo de ensinamento. Se não soubessem o significado de alguma palavra deveriam pedir explicações a quem a pronunciou.

Com isso, eles trouxeram o registro dessas falas e analisaram juntamente à turma. Discutimos o significado de alguns, já velhos conhecidos, que tipo de ensinamento propõem, quais nos pareciam atuais ou não e o porquê.

Também foi possível reunir os ditados ou frases que tinham a mesma intenção comunicativa. Confesso que alguns deles eu nunca tinha ouvido falar. Eles acharam a atividade prazerosa e bem fácil, visto que não demandava muito trabalho. Apesar disso, nem todos conseguiram atribuir um significado para seus registros.

Podemos concluir que esses ditados (diálogos) manifestam alguma mensagem de forma “indireta”, ou seja, utilizando um outro texto como suporte. Isso acontece porque a cultura está sempre relacionada às experiências humanas.

Eis alguns registros:

· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

· Apressado come cru

· Quem cospe pra cima cai na cara

· Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra

· Cão que ladra não morde

· A cobra vai fumar / Tu vai dar com os burros n’água / O bicho vai pegar

· Onde há fumaça, há fogo

· Casa de ferreiro, espeto de pau / Santo de casa não faz milagre

· Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher

· Galinha de casa não se corre atrás

· Cavalo dado não se olha os dentes / Coisa dada não se olha a idade

· Não cutuque a onça com vara curta

· Quem tem rabo de palha não senta na beira do fogo

· Pobre quando bota a mão no bolso só tira 5 dedos

· Laranja madura na beira da estrada ou tá azeda ou tá bichada

· Rapadura é doce, mas não é mole não

· O que os olhos não veem o coração não sente

· Eu não vou a sua casa pra você não vir na minha, pois você tem boca grande pra comer minha farinha

· Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto

· Quem espera sempre alcança

· Sua batata está assando

· Dois bicudos não se beijam

· De grão em grão a galinha enche o papo

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dia Nacional do Livro (29 de outubro)


O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.

Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/livro/home.html


Em homenagem a este dia coloco aqui as sugestões das educadoras do Gestar II de Língua Portuguesa para os nossos alunos.

*Os gerreiros do tempo, Giselda Laporta Nicolelis

*As batalhas do castelo, Domingos Pellegrini

*Além da floresta mágica, Vinicius Caldevilla

*O grande escarcéu, Eliane Maciel

*Uma história de amor, Carlos Heitor Cony

*Beijo na boca, Ivan Jaf

*O meu pé de laranja lima, José Mauro de Vasconcelos

*Grávida aos 14 anos?, Guila Azevedo

*Sonhos, grilos e paixões, Carlos Queiroz Telles

*O fantástico mistério de Feiurinha, Pedro Bandeira

*Cantigas do adolescer, Elias José

*O santinho, Luis Fernando Verissimo

*Os meninos da rua da praia, Sérgio Capparelli


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dialetos e registros (TP 1 - Unidade 1)


Pautada no tema da unidade 1, Variantes Linguísticas, propus aos meus alunos a atividade da página 23: Confeccionar o "Dicionário dos Jovens". Prontamente se agruparam para discutir melhor a ideia a fim de colocar no papel seu vocabulário típico.
Todos os grupos listaram os diversos termos que utilizavam, bem como:
* "ficar"
*"pegar"
*"é nós"
*"choquei"
*" é a treva"
*"m.m"
*"b.v"
etc.

Observei que eles se preocuparam em indicar em que situações utilizavam cada termo, inclusive o significado das abreviações.

A revisão e edição (TP6 - Unidade 23)

Planejei para a turma 602(6a. série) a atividade do avançando na prática da página 141. Para isso, li a transcrição de uma entrevista da Folhinha de São Paulo com crianças de 8 a 13 anos, sobre as gírias que usavam.
Eles amaram, quase não deixaram eu terminar de ler o texto, pois faziam inserções a toda hora com as gírias que usavam no momento.
Perguntei a eles como e quando as utilizavam, e a maioria disse que era no dia a dia, com amigos e familiares, em situações informais.
Em seguida, pedi para que formassem grupos de cinco alunos e criassem 3 perguntas sobre o uso de gírias, respondendo-as.
Ao término dessa parte, eles trocaram as produções para que o colega também pudesse ler e pedir explicações sobre as respostas dadas.
O objetivo era que cada um revisasse sua resposta e pergunta também, passando-as para um único suporte, neste caso, folha de papel ofício.
Achei engraçado o fato de alguns considerarem o uso de gírias com os pais inadequado na maioria das vezes.
Aqui vai a transcrição desta atividade de um grupo, formado por Elisa, Maiane, Gréis, Claudianas Almeida e Vicente.

1) Por que você usa gírias?

Porque é um jeito moderno de se comunicar com os amigos ou pessoas íntimas.

2) Cite exemplos de gírias que você usa no dia a dia.

"Assim enfraquece", "Peguei", "Fiquei rosa chiclete" etc.

3) Você usaria gírias com autoridades, assim como o presidente? Por quê?

Não, porque se eu fosse falar com o presidente iria usar uma linguagem formal.

Componentes básicos da argumentação(TP6 - Unidade 21)


Como já estava trabalhando com os alunos da 6a. série(7o. ano) esta matéria, prefiro relatar uma atividade muito parecida com a proposta do avançando na prática da página 39.
Para introduzir o assunto trabalhei um texto publicitário sobre a Bienal do Livro. Em seguida, eles responderam a algumas perguntas interpretativas que levariam ao objetivo central do cartaz: comunicar a ideia(tese) através de argumentos:
1) A que público esse cartaz é dirigido?
2) Em que lugar ele poderia ser afixado?
3) Que frases, palavras ou expressões comprovam sua resposta anterior?
4) Releia esta frase: "É proibido cabular".
a- Qual o significado do verbo "cabular"?
b- A frase em questão expressa uma opinião sobre a Bienal do Livro. Que opinião o cartaz sugere sobre o evento?
c- Que razões o cartaz apresenta para ninguém "cabular" a Bienal?
d- A imagem ajuda a reforçar os pontos positivos da Bienal. Explique.
5) Qual é a intenção comunicativa desse cartaz?

Todos conseguiram atingir o objetivo juntamente à abordagem feita pela professora e com o apoio de dicionários também.

Outra sugestão seria a leitura de um artigo de opinião, onde através da interpretação vê-se claramente a tese e seus argumentos.

Opção de interpretação: "Dez razões para não 'colar' na escola!", disponível em: . Acesso em: 07 out. 2005.

Gêneros textuais (TP3- Unidade 10)



Privilegiando o trabalho de experiência e observação, levei para a sala de aula textos de jornais de diversos gêneros para os alunos da 6ª série. Dividi a classe em grupos de 4 a 6 alunos, onde cada grupo era responsável por um determinado gênero escolhido por eles mesmos: Charge, Cartas ao leitor, Classificação Esportiva, Anúncio(propaganda), Anúncio Cultural, Previsão do Tempo, Crônicas e Artigo Jornalístico.

O objetivo era identificar as informações contidas nos textos, para isso coloquei no quadro algumas questões que deveriam ser respondidas de acordo com o texto proposto:

* Sobre o quê trata o texto?

* Qual é o objetivo dele?

* Como/Quais seriam os leitores que prestariam a atenção a essa parte do jornal?

Todos fizeram esta análise em conjunto e por escrito, com a minha orientação. Após esse momento os diversos textos circularam pela sala de aula para que todos pudessem acompanhar a exposição das análises produzidas pelos colegas.

O único gênero que não foi escolhido por nenhum grupo foi o de Crônicas. Creio que deve ter sido pela falta de interesse por uma leitura mais extensa, visto que era o qual, aparentemente, tomaria mais tempo para elaborar uma análise.

Esta charge aborda o problema do “cabide de emprego” que há na política (vide o formato no desenho do Planalto Central, em Brasília), com o objetivo de fazer uma crítica negativa à falta de vergonha dos políticos que lá estão. Os leitores que prestariam a atenção a essa parte do jornal seriam os que entendem ou gostam de política. (Alunos: Josimar, Wendell, Anderson, Emerson, Alcilan, Thiago Onório)

Amor ao Macacu


O esplendor da agricultura

As riquezas minerais

O rio Macacu

Não nos oferece mais




Mas ainda temos esperança

De tomar banho como crianças

Porque com a despoluição

Esperamos mais conscientização



Quando ele estiver limpo

Não quero mais lembrar

Da poluição que estava a nos inquietar.



Alaffi e Gabriel

Antologia para o III Chá Literário/turma 602


Meio Ambiente I

(Thiago Onório e Wendell)

A flor é linda

Mas não é comparável

Ao nosso rio Macacu

As cidades são lindas

Porém não se comparam

A nossa floresta tropical

Existem bebidas gostosas

Mas nada substitui

Nossa riqueza chamada água

Água doce ou

Água salgada

Temos de preservar

Esta parada.

Num rio qualquer

(Greis Mello)

Num rio qualquer

Navegas com a poluição

Com os seres humanos assim,

Jamais haverá evolução

Em qualquer rio, o amor existe

Nos rios, os seres aquáticos vivem com paixão

Mas se não cuidarmos da nossa riqueza,

Tudo isso se transformará apenas numa ilusão

O rio é uma beleza

A beleza que a natureza oferece

Assim como o amor,

Ela nasce e cresce

Pare e pense:

Você não se cuida com amor?

Então reflita:

Se não cuidar do rio, não haverá valor

Cuidando do rio, você se cuida,

Pois sem a água do rio não há vida

Cuide da vida com amor, e lembre-se:

Para chegar a algum lugar

Só se precisa da partida.

Natureza

(Claudiana Almeida)

Com tantas pessoas no mundo para nos ajudar

Somos apenas uma vítima

Esperando o nosso mundo acabar

Jogando lixo nos rios

Com má intenção

Não vai acabar

Com a poluição

Com os rios bonitos

Com amor e pureza

Iremos ajudar

A mãe natureza

Com os rios limpos

Como as pessoas merecem

Com amor e carinho

A natureza agradece.

Água, meu bem

(Josiane Nepomuceno)

Água, meu bem

nunca vá ‘simbora’

Não me deixe só

Que eu posso morrer

Sem você

Nossa nascente

(Alana)

Rio Macacu

Fonte de energia e de natureza

Sua água é uma beleza

No calor que irradia

Tu corres noite e dia

Com o rio Macacu

Temos cachoeira

Que nos dá água

Como fonte de pureza

Ele deixa as pessoas muito contentes

E sem poluição, enriquecerá a muita gente.

Meio Ambiente II

(Emerson e Josimar)

A vida é pra se viver

A natureza é pra se preservar

Do nosso rio Macacu

Nós temos que cuidar

Não só do rio Macacu

Mas também das florestas e animais

Que vivem lá

Com tanta beleza

Não sei como as pessoas conseguem poluir

Se são elas que produzem os frutos

Entre outras coisas para se nutrir.

Clamor de um rio

(Maiane)

No alto de uma montanha

Desabrocho como uma flor

Como um lindo encanto

O doce encanto do amor

Minhas águas são clarinhas

Reluzentes como cristal

É o espelho para muitas vidas

Algo que nunca se viu igual

Mas a poluição chega

Para estragar a beleza

E eu fico a me perguntar:

Por que fazem isso com a mãe natureza?

Mato a sede de tantos homens

Que só pensam em poluir

Se continuar assim

Não sei o que será de mim

Homens por que fazem assim?

Estragam o meio ambiente

Aprendam a preservar

E sejam mais conscientes

Sou um rio esperançoso

E um clamor vou levantar

Preservem, limpem, cuidem...

E a natureza, feliz, agradecerá.

Água, nosso bem precioso

(Roseane)

água,

desde que nascemos precisamos de você

água,

sem você não podemos sobreviver

água,

tu és um presente do Criador,

um bem natural que Deus nos deu

com muito amor

água,

tu estás sempre a nos ajudar

por isso iremos te preservar

para que, no futuro, não venhas faltar

água,

sempre iremos te amar!

Água amada

(Érica Nunes)

água, com você quero viver

sorrir e aprender

sem você não somos nada

minha querida água

água, muitos querem te represar

mas há também pessoas

que só querem te ajudar

água, você é bonita preservada

descendo em cascatas

entre grandes matas

água querida

água amada

sem você não somos nada!

Num simples gesto, Cachoeiras

(Crislaini e Carolina)

Cachoeiras,

Cercada por colinas

Com águas cristalinas

Ninguém precisa de mar

Cachoeiras é um lugar tranquilo

Onde podemos caminhar

Ouvindo pássaros cantando

Numa beleza que não dá pra explicar

Respirarmos ar puro

É estarmos em nosso lugar

Lugar maravilhoso

Onde não temos com o que se preocupar

Cachoeiras tem nela

Parte da Serra Mar

Lugar ecológico

Que devemos preservar

Cachoeiras, não sabemos ao certo te descrever,

Porém num só olhar,

Dizemos que amamos você!

Pedido de um rio

(Elisa e Maiane)

O rio Macacu

Tem uma grande beleza

Com suas águas cristalinas

Alegra a natureza

Mas o homem não preserva

Este presente do criador

Que nos deu de graça

Com carinho e amor

Chega de poluição

Acabando com nossa riqueza

Não me conformo

Com os homens destruindo tanta beleza

O rio pede socorro

Vamos a ele acudir

Preservá-lo para sempre

E nunca mais o poluir.