quarta-feira, 1 de junho de 2011

...Porque o tempo, o tempo não para...(Cazuza)

Chorinho, maxixe, samba-canção, bossa nova, rock nacional, sertanejo, pagode, rap, mangue beat...Muitos são os gêneros musicais que ouvimos diariamente. Você acompanha a história da música popular brasileira? Consegue lembrar as épocas em que as canções foram compostas, os autores, os títulos, os intérpretes? Quer conferir a capacidade de sua memória musical? Tente descobrir o que é verdadeiro(V) ou falso(F)nas afirmações abaixo:

1) Chiquinha Gonzaga(Rio de Janeiro, 17/10/1847-28/2/1935), compositora, instrumentista e regente. Personalidade feminina da história da música popular brasileira e uma das expressões da luta pelas liberdades no país. Autora da primeira canção carnavalesca(Ó abre alas), primeira pianista de choro, promotora da nacionalização musical, introdutora da música popular nos salões elegantes, fundadora da primeira sociedade protetora dos direitos autorais. Foi uma ativa participante do movimento pela abolição da escravatura, vendendo suas partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora.

2) A palavra "festival" vem do latim "festivitas", que significa tanto "um dia de festa" como "uma maneira engenhosa de dizer". Os festivais da canção, que tiveram seu auge no fim dos anos 1960, foram eventos musicais que mobilizavam a população, que torcia -num clima de copa do mundo- pelo seu cantor e /ou música preferida. Por eles passaram compositores da grandeza de Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Geraldo Vandré, Toquinho, Paulo César Pinheiro...

3) A história de Ary Barroso (Ubá, Minas Gerais, 7/11/1935-Rio de Janeiro, 9/2/1964) se confunde com a da música brasileira. Nascido em Minas Gerais, viveu no Rio de Janeiro, apaixonado pelo Nordeste, juntou suas influências em animadas crônicas da vida carioca, como nas músicas Camisa amarela, Morena boca de ouro, É luxo só, e belos sambas, como Na virada da montanha, Pra machucar meu coração, Caco velho, Risque e Folha morta. Considerado o inventor do samba-exaltação, com Brasil trigueiro:
[...]
Ah, ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah, este Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil, Brasil.

4) A palavra "samba" é, provavelmente, originária da angolana "semba", um ritmo religioso, que significa "umbigada", por causa da forma como era dançada. Recebeu influências da modinha, do maxixe, e do lundu. No início do século XX, era um tipo de música que identificava as pessoas dos estratos mais humildes. Em 1917 o samba saiu das rodas de improvisações e criações conjuntas dos morros cariocas para ser alçado à condição de representante da música popular brasileira. Pelo telefone- composição de Ernesto dos Santos, o Donga, e Mauro de Almeida- foi o primeiro samba gravado no Brasil.

5)Bate outra vez com esperanças o meu coração/ Pois já vai terminando o verão, enfim/ Volto ao jardim com a certeza que devo chorar/ Pois bem sei que não queres voltar para mim/ Queixo-me às rosas, que bobagem/ As rosas não falam/ Simplesmente as rosas exalam/ O perfume que roubam de ti, ai/ Devias vir para ver os meus olhos tristonhos/ E quem sabe sonhavas os meus sonhos, por fim." Esses versos pertencem à canção O perfume da rosa, uma das mais belas e conhecidas composições de Angenor de Oliveira- Cartola (Rio de Janeiro, 11/10/1908-30/11/1980)-, um compositor de inquestionável destaque na história da música popular brasileira.

6) A bossa nova é um movimento da música popular brasileira que surgiu no final da década de 1950 na capital fluminense. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar- intimista, leve, coloquial- e tocar samba. Anos depois, a bossa nova se tornaria um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo, especialmente associado a João Gilberto, Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Luiz Bonfá.

7) Pixinguinha, compositor, instrumentista e arranjador carioca (Rio de Janeiro, 23/4/1897-17/2/1973). Autor de clássicos da música popular. É um dos principais responsáveis pela popularização de instrumentos afro-brasileiros, como o tamborim, o agogô e a cuíca. Seu nome verdadeiro é Alfredo da Rocha Vianna Filho. Há duas versões sobre a origem do nome Pixinguinha: Pizidim("menino bom", no dialeto africano falado por sua avó)e Bexiguinha, apelido que ganhou na época que contraiu varíola. Carinhoso, uma de suas composições mais conhecidas- originalmente instrumental- recebeu letra de Carlos Aberto Ferreira Braga, conhecido como Braguinha ou João do Cavaquinho.

8) O funk carioca, diferentemente do norte-americano, é um tipo de música eletrônica originado nas favelas do Rio de Janeiro, com sua batida rápida e os vocais graves. O movimento funk ganhou grande apelo entre os grupos marginalizados, pois as músicas abordavam a violência e a pobreza das favelas, tratavam o cotidiano dos frequentadores dos bailes. O mangue beat (também grafado como mangue bit) é um movimento musical que surgiu no Brasil na década de 1990 em Recife e mistura ritmos regionais com rock, hip-hop, maracatu e música eletrônica. Essas são as novas tendências da música popular brasileira.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Projeto Interdisciplinar (Chá Literário)

1)Temática


Evidenciamos que, no trabalho com a linguagem, se privilegia o uso da Língua como atividade social e comunicativa em que os interlocutores atuam em um espaço cultural e histórico.

A nossa proposta parte do pressuposto de que a significação se produz na cultura. Por isso, o trabalho com textos clássicos e consagrados pode se misturar ou até mesmo produzir novos textos de autores regionais, expressando as formas da cultura popular etc.

A produção do Chá Literário sobre o Rio Macacu torna-se uma ótima oportunidade de trabalhar uma realidade de sala de aula devido a sua importância para a região e para os todos da Escola Municipal Funchal, visto que a mesma se localiza numa área rural, próximo ao maior e principal afluente do Rio Macacu: O Rio Guapiaçu.

O Rio Macacu é responsável pelo abastecimento dos habitantes dos municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, além de ser utilizado para irrigação e piscicultura.

Embora seja universal, coletiva, a arte provoca sensações particulares, individuais, pois são através de poesias, peças teatrais, músicas e danças que encontramos a função de proporcionar prazer e emoção. O Chá Literário é um momento que a escola traz a arte mais para perto do aluno.

Qualquer que seja a sua direção, a arte está em toda parte e é um elemento definidor da identidade de um povo, de um grupo social e de um indivíduo. Nossa intenção, é aproximar-se de forma mais consciente da arte, e nesse caso, encontramos uma ótima ferramenta de trabalho com o TP 2, unidade 7: A arte, formas e função, elaborado por Maria Antonieta Antunes Cunha, Doutora em Letras, Professora da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).


2)Problemática


A complexidade cada vez maior de nossa sociedade exige que o trabalho do profissional da educação se embase em uma visão ampla e crítica dos fenômenos da vida moderna. O fenômeno atual e regional é a poluição do Rio Macacu.

Com isso, a situação-problema a ser focada durante esse projeto seria a conscientização de toda a comunidade escolar em prol da despoluição e preservação do nosso “bem maior”: a ÁGUA, buscando a expressão artística através da produção escrita, oral, corporal e social etc.

Ao pôr em prática esse projeto acreditamos que o mesmo possa contribuir na formação do cidadão, pois através da arte o aluno desenvolve habilidades como a leitura, disciplina, responsabilidade, afetividade entre outros.


3)Fundamentação Teórica


As leituras sugeridas e a bibliografia do TP 2, unidade 7 são a base para a realização desse projeto. Citamos aqui:

MARTINS, M.C. Didática do ensino de arte-A língua do mundo - Poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

Esta obra, muito bem ilustrada, apresenta formas de explorar cada segmento da arte com crianças, além de fazer uma bela reflexão sobre a arte. Tem uma excelente bibliografia para cada capítulo.

PLATÃO et FIORIN. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1998.

Apesar de privilegiar o texto literário, o livro acima apresenta boas relações entre as artes e tem a costumeira linguagem acessível de outros trabalhos.

BARBOSA, A.M. Arte-Educação:conflitos/acertos. São Paulo: Ateliê, 1997.

BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1986.

COLL, C & TEBEROSKY, A. Aprendendo arte. São Paulo: Ática, 2000.

DUARTE JR.J.F. Fundamentos estéticos da arte. Campinas: Papirus, 1988.

ECO. U. Obra aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976.

______. A definição da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1986.


4)Objetivos


O desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes textos. Este processo visa à inserção dos alunos na sociedade na qual vivem, como cidadãos conscientes, capazes não só de analisar as várias situações vividas, mas também de se expressar criticamente em relação a elas.

Com isso, visamos a percepção do aluno para diversas formas artísticas (poemas, personagens da literatura, obras de arte, músicas, quadrinhos, etc.), bem como o exercício da prática de leitura.

Temos como objetivos específicos identificar a arte na vida cotidiana, procurando mostrar como a arte, ou algumas formas de arte estão mais próximas de sua vida do que talvez você pense. Bem como as formas e características da arte, que procuram mostrar formas de divisão das artes e as funções da arte, que tratam de pensar o papel da arte no mundo de hoje.


5)Metodologia


Toda a discussão sobre a Língua Portuguesa não se faz por intermédio do texto, mas no texto. Para isso, vamos apreciar a cultura letrada estabelecendo uma relação com as demais linguagens e manifestações culturais.

Essa postura privilegia o trabalho de forma coletiva e interdisciplinar, incentivando a utilização de diversos materiais indicados no Gestar II e disponibilizados pela escola.

Para os alunos de 8ª série podemos passar os filmes O carteiro e o poeta, de Antonio Skármeta, visto que o mesmo trata de maneira magistral o papel que a arte tem na vida das pessoas, inclusive a mudança dos nossos motivos para nos aproximar da arte, ao longo de nossa vida; A rosa púrpura do Cairo, de Woody Allen, que trabalha as funções da arte explorando numa trama de humor questões importantes como a relação fantasia/realidade; e Abril despedaçado, de Walter Salles, que trabalha muito bem a arte por meio de uma personagem infantil.

Após as sessões propomos um debate e uma reflexão de como a arte é inerente ao ser humano e não nos damos conta disso. Cada aluno poderá levar para a sala de aula uma forma de arte que tenha em casa: imagens em cerâmica para representar a escultura, um projeto “planta” de casa para a arquitetura, uma música, um quadro ou tela, uma dança da moda, um conto ou livro interessante, uma fotografia e até mesmo um bom filme.

É importante que o educador familiarize os alunos à arte local, levando-os à construções importantes da região, shows com músicos da cidade, exposições ou movimentos artísticos que possam proporcionar um contato com os autores dessa arte. Uma boa fonte para obter essas informações é a Internet através das páginas http://artemacacu.blogspot.com/ e http://www.aviva2009.blogspot.com/.

Os livros que ensinam a arte criados para crianças também contribuem para um laboratório perfeito de descoberta sobre os gostos e análises artísticas. A atividade do avançando na prática da página 83 figura bem esse contato com a arte.

Uma boa opção para trabalhar a arte e a fantasia é a atividade das páginas 87 e 88, onde através da música de Chico Buarque podemos fazer uma ponte entre a história real e o recurso utilizado para a expressão da mesma, ou seja, a arte como interpretação da realidade. Para encerrar este tópico propomos uma pesquisa sobre o período militar e a obra de outros autores, como Gonzaguinha, Geraldo Vandré etc.

Explorar a arte e conotação assim como a paixão pela forma utilizando poemas e pinturas também faz parte da nossa metodologia, visto que esses tópicos fazem parte das características principais da arte.

A Hora da Leitura é uma boa opção a ser seguida por qualquer série, basta ter em mãos obras literárias interessantes e fazer a leitura junto aos seus alunos, em forma de novela (um capítulo a cada dia), com direito a retrospectiva/reprise das últimas “cenas” e tudo o mais. Essa atividade deixará clara a importância do educador dispensada a arte, além de ser um modo de motivar os alunos para a leitura.

Os cadernos de Atividades de Apoio à Aprendizagem (AAA’s) também contribuem para uma prática pedagógica motivadora de melhores resultados. No caso da unidade 7 as atividades abordam uma interdisciplinaridade com as Artes, especialmente música e pintura (reprodução / recriação de obras de arte), e com Educação Física, com relação aos movimentos corporais (produção de sons imitativos, coreografia, dramatização de textos teatrais etc.).

A ideia que dá suporte a essa postura é a de que a arte é uma forma de conhecimento relacionada ao cotidiano, sendo um convite à (re)interpretação do mundo.


6)Cronograma


As atividades devem ser planejadas estabelecendo-se relações entre conteúdos e conhecimentos pretendidos, de forma a proporcionar ao aluno, progressivamente, a autonomia e o conhecimento de novas e diferentes formas de produção de significados bem como suas estratégias.

Acreditamos que este projeto deva ser colocado em prática logo no início do ano letivo para que se possa construir aos poucos e de forma organizada o Chá Literário da Escola Municipal Funchal. Podemos fazer as sessões de cinema e as exposições da “Arte em minha casa” no 1º bimestre. No 2º bimestre pode-se privilegiar a arte local através da atuação em todas as atividades artísticas do município. Os livros de ensino de arte e a música podem estar mais presentes no 3º bimestre. Já a Hora da Leitura deve ser um exercício diário.

Ainda temos oito (8) aulas preparadas cuidadosamente para esse fim, e que podem ser divididas em duas (2) para cada bimestre:

Aula 1 – Manifestações Artísticas

Aula 2 – Composição usando sons

Aula 3 – Criando uma coreografia

Aula 4 – Teatro: O cavalinho azul

Aula 5 – Dramatizando o texto teatral

Aula 6 - Leitura de quadro de Magritte

Aula 7 – Criando o poema

Aula 8 – Recriação de quadro de Portinari

A culminância pode se dar no 4º bimestre (mês de novembro).


7)Equipe de trabalho


Neste processo, pretende-se salientar as situações de aprendizado que focalizem a discussão, a participação e a troca entre colegas, propondo atividades com momentos de aprendizado individual e coletivo.

Para a realização desse projeto contamos com a participação dos educadores das áreas de Biologia que faria uma visita com os alunos ao Rio Macacu para a identificação dos agentes causadores da poluição do mesmo. De Educação Física, que prepararia uma dança temática junto aos alunos. Já o educador de Geografia poderá desenvolver um mapeamento da área do Rio Macacu. A de Artes poderia fazer um trabalho de desenho e pintura sobre as expectativas dos alunos para o futuro, até mesmo um retrato do “antes/depois”. A de Ensino Religioso pode trabalhar uma música que leve a reflexão da atual situação, importância e da recuperação do Rio Macacu.


8)Avaliação


Processual, durante o projeto o professor avaliará o desempenho do aluno, fazendo “ajustes” sempre que necessário. Os alunos podem fazer um diagnóstico no início e outro no fim sobre as expectativas e objetivos a serem alcançados, bem como a realização ou não dos mesmos.

A culminância do projeto também será de grande valia para a comunidade escolar, um dia no qual apresentaremos todos os trabalhos desenvolvidos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Epígrafe

“Tanto quanto a própria educação, o letramento é um processo contínuo de crescimento, envolvendo TODOS em um projeto educacional”.

(Gestar II)

A arte: formas e função (TP 2 – Unidade 7)


A arte está no nosso cotidiano. Com base nisso, proponho sempre aos meus alunos atividades de leitura, pois por intermédio da fantasia e do jogo, a arte é um convite à (re) interpretação do mundo. Por meio dela podemos reconhecer vozes que têm semelhança com a nossa, descobrir significados e desenvolver qualidades fundamentais para a construção de um cidadão.

Com o 7º ano da Escola Municipal Funchal não seria diferente. Levei alguns títulos para a sala de aula e deixei-os livres para a escolha do livro a ser lido, pois queria que encarassem isso como uma atividade prazerosa. Dentre as opções havia contos, peças de teatro, romances etc.

Disponibilizei um bom tempo para a leitura em casa, inclusive durante as férias de julho. Mas não era uma mera leitura, tinha um objetivo maior, na realidade encarei isso como um desafio. O que eu queria mesmo era propor uma resenha crítica, na qual eles avaliassem a obra que leram. Então, fiz uma adaptação do modelo de resenha acadêmica em forma de questões a serem respondidas sobre a obra lida.

Eis algumas questões:

1) Identificação da obra (autor, ano de publicação, etc.)

2) Apresentação (descrevendo em poucas linhas o assunto da obra)

3) Estrutura (quantidade de capítulos, presença do narrador, número de páginas do texto completo)

4) Conteúdo (resumo da obra)

5) Crítica (opinião própria)

6) Contribuição lexical (palavras que aprenderam com a leitura)

7) Recomendação da obra (propus uma espécie de “propaganda” dizendo de fato a qual público a obra se dirige, baseando-se na idade, perfil social etc.)

O trabalho que se destacou foi o da aluna Maiane, visto que foi a única que seguiu a risca os passos para a elaboração da resenha e ainda a fez como um texto, enquanto a maioria se limitou a reproduzir as questões e respondê-las, como num questionário.



“A Conspiração” é um livro da autora Majori Claro, que foi publicado no ano de 2004, e que tem como assunto a história de uma menina chamada Nina, que foi criada pelo pai, pois perdeu sua mãe após o seu nascimento. Ela tinha uma cachorrinha de rara inteligência e que possuía poderes telepáticos, com a missão de ser sua fada guardiã e protegê-la de todos os perigos. Em seguida, o pai perde o emprego e os três se mudam para a casa das tias, no interior. Para piorar a situação, seu primo Pedro desconfia que a própria mãe e as tias são bruxas e estão envolvidas numa estranha conspiração contra Nina e seu pai.

O livro é dividido em 15 capítulos, possui narrador e tem ao todo 88 páginas. Achei “A Conspiração” um livro muito interessante, nunca tinha lido algo assim. “A Conspiração” despertou minha curiosidade de um jeito inexplicável. A gente começa a ler e não quer mais parar. Através desse livro conheci novas palavras, como “abrupto” e “aturdido”.

“A Conspiração” é um livro voltado para o público infanto-juvenil. Experimente, leia-o e veja o poder que as palavras têm.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A intertextualidade, diálogo entre textos (TP 1 - Unidade 4)










Com o objetivo de identificar traços da intertextualidade em nossas interações cotidianas, propus aos alunos da 6ª série (7º ano) a atividade da página 136 do TP em questão.

Pedi que observassem a fala dos “mais velhos” da família, ou até da comunidade. Pautados nessa orientação, eles deveriam anotar os ditados ou frases que procuram dar algum tipo de ensinamento. Se não soubessem o significado de alguma palavra deveriam pedir explicações a quem a pronunciou.

Com isso, eles trouxeram o registro dessas falas e analisaram juntamente à turma. Discutimos o significado de alguns, já velhos conhecidos, que tipo de ensinamento propõem, quais nos pareciam atuais ou não e o porquê.

Também foi possível reunir os ditados ou frases que tinham a mesma intenção comunicativa. Confesso que alguns deles eu nunca tinha ouvido falar. Eles acharam a atividade prazerosa e bem fácil, visto que não demandava muito trabalho. Apesar disso, nem todos conseguiram atribuir um significado para seus registros.

Podemos concluir que esses ditados (diálogos) manifestam alguma mensagem de forma “indireta”, ou seja, utilizando um outro texto como suporte. Isso acontece porque a cultura está sempre relacionada às experiências humanas.

Eis alguns registros:

· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando

· Apressado come cru

· Quem cospe pra cima cai na cara

· Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra

· Cão que ladra não morde

· A cobra vai fumar / Tu vai dar com os burros n’água / O bicho vai pegar

· Onde há fumaça, há fogo

· Casa de ferreiro, espeto de pau / Santo de casa não faz milagre

· Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher

· Galinha de casa não se corre atrás

· Cavalo dado não se olha os dentes / Coisa dada não se olha a idade

· Não cutuque a onça com vara curta

· Quem tem rabo de palha não senta na beira do fogo

· Pobre quando bota a mão no bolso só tira 5 dedos

· Laranja madura na beira da estrada ou tá azeda ou tá bichada

· Rapadura é doce, mas não é mole não

· O que os olhos não veem o coração não sente

· Eu não vou a sua casa pra você não vir na minha, pois você tem boca grande pra comer minha farinha

· Pau que nasce torto não tem jeito, morre torto

· Quem espera sempre alcança

· Sua batata está assando

· Dois bicudos não se beijam

· De grão em grão a galinha enche o papo

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dia Nacional do Livro (29 de outubro)


O dia 29 de outubro foi escolhido para ser o “Dia Nacional do Livro” por ser a data de aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil.

Seu acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas, medalhas, etc., ficava acomodado nas salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro.

A biblioteca foi transferida em 29 de outubro de 1810 e essa passou a ser a data oficial de sua fundação.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/livro/home.html


Em homenagem a este dia coloco aqui as sugestões das educadoras do Gestar II de Língua Portuguesa para os nossos alunos.

*Os gerreiros do tempo, Giselda Laporta Nicolelis

*As batalhas do castelo, Domingos Pellegrini

*Além da floresta mágica, Vinicius Caldevilla

*O grande escarcéu, Eliane Maciel

*Uma história de amor, Carlos Heitor Cony

*Beijo na boca, Ivan Jaf

*O meu pé de laranja lima, José Mauro de Vasconcelos

*Grávida aos 14 anos?, Guila Azevedo

*Sonhos, grilos e paixões, Carlos Queiroz Telles

*O fantástico mistério de Feiurinha, Pedro Bandeira

*Cantigas do adolescer, Elias José

*O santinho, Luis Fernando Verissimo

*Os meninos da rua da praia, Sérgio Capparelli